terça-feira, 18 de outubro de 2011

Entrevista com Rafael Lo Ré

Pesquisar novos sambas, compositores, intérpretes e histórias em discos e livros já não bastava. Era preciso ir além, conversar diretamente com os baluartes, aprender sobre o mundo do samba sem intermediários, beber diretamente do néctar. Rafael Lo Ré, nome de destaque da nova geração de sambistas de São Paulo procedeu assim. E foi ouvindo, aprendendo com atenção, que desenvolveu sua verve de compositor e cavaquinista.

Seja pesquisando, seja compondo, Lo Ré vive o samba. Sente-se o amor ao samba ao conversar com ele, ao escutá-lo falando sobre o ritmo quente, que é a alma musical do Brasil. Com 13, 14 anos, ganhou seu primeiro cavaquinho. A atenção ao compositor sempre norteou suas audições. Foi pra saber mais quem eram estes que faziam samba que passou a frequentar a Rua General Osório, onde pôde ver em ação nomes como Jamelão e Cabelinho.

Ao lado de outros sambistas que compartilham do mesmo ideal, como Paulo Mathias e Tuco - para citar dois relevantes nomes -, fundou o Glória ao Samba, "uma roda para se cantar o samba com emoção, para aprender". Influenciado por Alcides e Chatim, passou, nos últimos anos, a dedicar com mais esmero à arte de compor.

A arte de pesquisar também é desempenhada com fervor. Uma extensa pesquisa sobre os antigos compositores do Morro do Salgueiro culminou com um grande encontro da Velha Guarda, em um dia especial na vida do jovem sambista, que pôde cantar, feliz, com aqueles mestres, sambas divinais.

Estas e outras histórias desta importante figura do samba contemporâneo você pode conferir nesta edição do Programa É Batucada!


(Por André Carvalho)

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